quinta-feira, 20 de setembro de 2012

'O palhaço' vai representar o Brasil na disputa pelo Oscar 2013


O filme "O palhaço", de Selton Mello, vai representar o Brasil na disputa pelo Oscar 2013. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (20) pela assessoria Secretaria do Audiovisual, vinculada ao Ministério da Cultura. Às 12h53, a notícia foi publicada no Facebook da Secretaria de Audiovisual. O longa agora tentará uma vaga na categoria de melhor produção estrangeira da 85ª edição do prêmio organizado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográfidas de Hollywood, a ser entregue em 24 de fevereiro.
Mais tarde, por meio de nota, Selton Mello — que é diretor, co-roteirista e ator na produção — comentou o novo feito do longa. “O Palhaço é um filme impregnado de delicadeza, e a sua escolha como representante brasileiro me encheu de alegria. A escolha foi algo comovente, pois provou-se que é possível um filme sensível, poético alçar voos grandiosos."
Selton Mello em 'O palhaço' (Foto: Divulgação/Divulgação)Selton Mello em 'O palhaço' (Foto: Divulgação/Divulgação)
A indicação de "O palhaço" foi feita feita por uma comissão da qual fizeram parte a Secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura, Ana Paula Dourado Santana, Ana Luiza Azevedo, Andre Sturm, Carlos Eduardo Rodrigues, Flávio Tambellini, George Torquato Firmeza, José Geraldo Couto e Lauro Escorel.
No último dia 15, a Secretaria do Audiovisual havia divulgado uma lista com os 16 filmes inscritos para tentar uma indicação pelo Brasil no Oscar. Veja abaixo a lista completa:

"À beira do caminho", de Breno Silveira
"Billi pig", de José Eduardo Belmonte
"Capitães da areia", de Cecília Amado
"Colegas", de Marcelo Galvão
"Corações sujos", de Vicente Amorim
"Dois coelhos", de Afonso Poyart
"Heleno", de José Henrique Fonseca
"Elvis & Madona", de Marcelo Laffite
"Histórias que só existem quando lembradas", de Julia Murat
"Luz nas Trevas", de Helena Ignez e Icaro Martins
"Menos que nada", de Carlos Gerbase
"Meu país", de André Ristum
"O carteiro", de Reginaldo Faria
"O palhaço", de Selton Mello
"Paraísos artificiais", de Marcos Prado
"Xingu", de Cao Hamburger
G1

Hemocentro do CE precisa doações de sangue para abastecer hospitais


O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) está com o estoque de bolsas de sangue reduzido e pede mais doação. O hemocentro precisa ter em estoque 844 bolsas de sangue para atender 168 hospitais públicos e 126 hospitais privados com leitos do SUS em todo o Ceará. Nesta segunda-feira (17), o estoque está reduzido a 500 bolsas.
De acordo com o Hemoce, a queda no número de doações ficou mais acentuada depois do feriadão de 7 de setembro. O hemocentro está reforçando ações de mobilização para atrair doadores, entre elas, telefonemas para antigos doados. Segundo a diretora do Hemoce, Luciana Barros Carlos, há três não era registrado um nível tão baixo de doações e o número de doações não acompanha o aumento da demanda e da expansão da rede de assistência à saúde do Ceará.
Veja os endereços para doar sangue: 
As unidades do Hemoce, além de Fortaleza, em Crato, Juazeiro do Norte, Iguatu, Quixadá e Sobral, dão cobertura aos 184 municípios cearenses, através das 63 agências transfusionais. Para doar sangue é preciso ter entre 16 a 67 anos, pesar mais de 50 quilos. É necessário estar saudável e na hora da doação estar bem alimentado. Os doadores com menos de 18 anos devem apresentar o Termo de Consentimento à Doação, assinado pelo responsável legal, disponível no site do Hemoce.

Hemocentro coordenador
Av. José Bastos, 3390 - Rodolfo Teófilo. Telefone: (85) 3101.2296
Horário de Funcionamento: 7h30min às 18h30min, de segunda à sexta-feira e das 8 às 16 horas, aos sábados.
Rua Barão do Rio Branco, 1816 - Centro. Telefone: (85) 3101.5293
Horário de Funcionamento: 7h30min às 18h30min, de segunda à sexta-feira, 13 horas às 17h30min, nos sábados, domingos e feriados.
Hemoce - Crato: Rua Coronel Antônio Luís, 1.111 - Bairro: Pimenta
Telefone: (88) 3102.1260/3102.1261
Hemoce - Juazeiro do Norte: Rua Beata Maria de Araújo, S/N - Romeirão
(88) 3102.1169 / 3102.1170

Hemoce - Iguatu: Rua Edilson de Melo Távora, s/n - Bairro: Vila Centenário
(88) 3581.9409

Hemoce - Quixadá: Av. Plácido Castelo, s/n – Centro
(88) 3445.1006 Fax: (88) 3445.1007

Hemoce - Sobral: Rua Jânio Quadros, s/n - Bairro Santa Casa
(88) 3677.4624/4627
Hemoce - Juazeiro do Norte: Rua Beata Maria de Araújo, S/N - Romeirão
(88) 3102.1169 / 3102.1170
Hemoce - Iguatu: Rua Edilson de Melo Távora, s/n - Bairro: Vila Centenário
(88) 3581.9409

Hemoce - Quixadá: Av. Plácido Castelo, s/n – Centro
(88) 3445.1006 Fax: (88) 3445.1007

Hemoce - Sobral: Rua Jânio Quadros, s/n - Bairro Santa Casa
(88) 3677.4624/4627
Hemoce - Iguatu: Rua Edilson de Melo Távora, s/n - Bairro: Vila Centenário
(88) 3581.9409
Hemoce - Quixadá: Av. Plácido Castelo, s/n – Centro
(88) 3445.1006 Fax: (88) 3445.1007

Hemoce - Sobral: Rua Jânio Quadros, s/n - Bairro Santa Casa
(88) 3677.4624/4627
Hemoce - Quixadá: Av. Plácido Castelo, s/n – Centro
(88) 3445.1006 Fax: (88) 3445.1007
Hemoce - Sobral: Rua Jânio Quadros, s/n - Bairro Santa Casa
(88) 3677.4624/4627
Hemoce - Sobral: Rua Jânio Quadros, s/n - Bairro Santa Casa
(88) 3677.4624/4627

Posto de coleta do IJF
G1

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Antonina do Norte: Capela atrai atenção de visitantes

Honório Barbosa
Erguido em 1947, o templo resultou de uma promessa ligada ao término da Segunda Guerra Mundial
Antonina do Norte. A capela dedicada a São Sebastião, situada na localidade de Tabuleiro dos Mendes, na zona rural deste Município, às margens da CE-375, desperta a atenção de quem passa pela rodovia. O templo é pequeno, tem área de apenas 21 metros quadrados, e mais parece uma construção em miniatura. Os curiosos param, tiram fotos e querem saber se na igrejinha há celebrações.

A capelinha foi erguida em 1947, por decisão da proprietária de terras Maria Mendes Rates. É, portanto, uma propriedade particular. "A minha tia, Maria Mendes, fez uma promessa de que se a Segunda Guerra Mundial acabasse, ela construiria uma capela dedicada a São Sebastião", conta a aposentada Maria das Graças Arrais Mendes.

O conflito chegou ao fim em 1945 e, dois anos depois, a promessa foi cumprida. À época, as notícias do confronto chegavam ao interior do Ceará através de rádios de Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. A guerra, que durou seis anos (1939 a 1945), gerava preocupação em decorrência de milhares de mortes e destruição de cidades.

Maria Mendes Rates ficou bastante preocupada depois do envio de soldados brasileiros (pracinhas) para as linhas de frente na Itália. Rezava todos os dias pedindo para a guerra chegar ao fim. "Ela teve a ideia e fez a promessa a São Sebastião", contou a sobrinha. "Pouco tempo depois, a guerra acabou".

A promessa foi cumprida. Com o passar do tempo, a capelinha passou a ser frequentada pelos moradores do lugar e de sítios vizinhos. "As pessoas casam e são batizadas aqui", conta Sebastiana Alves de Moura, uma das zeladoras do templo, que tem nome em homenagem ao padroeiro da vila, São Sebastião.

A rodovia CE-375 corta ao meio a localidade de Tabuleiro dos Mendes. A capelinha fica ao lado. Quase diariamente, passageiros param para conhecer o templo, que permanece fechado. Eles tiram fotos para recordação e ficam admirados com o tamanho e o modelo singelo, mas bonito. "Quando alguém quer conhecer, a gente abre", explica Sebastiana de Moura.

Estilo
A capela foi construída sob influência do estilo Art Déco. Dispõe de telhado em queda d´água lateral e de três portas laterais e uma frontal, todas estreitas, de duas bandas. Há dois basculantes na frente ao lado da entrada principal. Na fachada superior, um conjunto de vitrais dá harmonia à obra. Há um nicho com um sino e no alto uma pequena cruz com imagem de Jesus. "O destaque dessa igrejinha é o frontão escalonado (escadinha) e sobressaltado em planos diferentes", observa o arquiteto Brennand Souza. "O altar é uma tentativa de imitar o barroco".

À noite, a iluminação dá destaque à capela, que fica mais bonita. O piso interno é de mosaico e há duas fileiras de bancos, pequenos, que lembram aquelas antigas carteiras escolares em que sentavam dupla de alunos. O altar não possui sacrário, mas dispõe de três nichos, iluminados, com imagens de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, São Sebastião (centro) e São José. Flores artificiais e velas compõem o cenário sacro. Nas paredes laterais, há imagens de santos dispostos em suportes de madeira.

Neste ano, os moradores reconstruíram a calçada no entorno da capela e substituíram antigo piso de cimento por pedra fria, oriunda de Santana do Cariri. "A nossa ideia é ampliar os fundos, construindo uma sacristia", explica Maria das Graças Mendes. "A gente não permite que o templo seja demolido para construir um novo, maior". A família proprietária da igrejinha já decidiu que em breve vai fazer a doação para a paróquia de Antonina do Norte.

Segundo os moradores, a festa de São Sebastião, celebrada de 11 a 20 de janeiro, é bem participativa. Reúne centenas de devotos durante o novenário, mas da missa de encerramento e da procissão participam cerca de cinco mil católicos. "A celebração é campal, com altar instalado em frente à capela", explica Maria das Graças Mendes.

Mais informações
Telefone Público
Distrito de Tabuleiro
Antonina do Norte
Região do Cariri
Telefone: (88) 3525. 1220

ENQUETEO que a capela significa para você?
"Fui batizada e casei aqui nesta capela. Para mim, ela traz boas recordações do tempo de criança, das novenas, das missas e das festas de São Sebastião. Os moradores do Distrito têm uma forte devoção e preservam a capela"

Sebastiana Alves MouraZeladora

"Representa, para mim, a expressão da nossa fé no padroeiro e em Jesus, um pouco da história da nossa família. Existe também um sentimento forte de carinho, apego e de boas lembranças das festas religiosas aqui realizadas"

Maria das graças MendesAposentada

HONÓRIO BARBOSAREPÓRTER/DN

Iguatu vive a expectativa da chegada da Cruz Peregrina

Foto: divulgação
A Diocese de Iguatu vive a expectativa da chegada da Cruz Peregrina da Jornada Mundial da Juventude.
            De acordo com a programação divulgada pela diocese de Iguatu, a cruz, símbolo da fé, está em peregrinação na diocese de Crato e chegará amanhã, sábado, dia 25, à noite, na cidade de Cedro, onde será acolhida pelos católicos. No domingo pela manhã cedo, será celebrada missa.
            Depois, a cruz irá para a cidade de Icó onde vai peregrinar em igrejas do Centro Histórico. No início da tarde, segue para o Distrito de Lima Campos e por volta das 16 horas deverá chegar à cidade de Iguatu.
            Haverá concentração próximo ao BNB Clube para a acolhida da Cruz Peregrina e em seguida carreata para a condução do símbolo da fé até a igreja Matriz de Senhora Sant’Ana, onde será celebrada missa campal a partir das 17 horas.
            Na segunda-feira, dia 27, a Cruz vai para o presídio e depois para o bairro João Paulo Segundo. À noite haverá missa na Catedral de São José, às 19 horas, e em seguida a Cruz seguirá para a Diocese de Quixadá.
            A Cruz foi abençoada pelo então Papa, João Paulo II. É acompanhada de outro símbolo religioso, o Ícone de Nossa Senhora, que é uma cópia de um antigo e sagrado ícone encontrado na primeira e maior basílica já construída para Maria, a Basílica de Santa Maria Maior.

Cruz peregrina da Jornada Mundial da Juventude caminha pelas dioceses do Ceará.
Honório Barbosa - Diário do Nordeste

Grupo de agricultoras se destaca com dança de coco no Cariri

FOTO: YAÇANÃ NEPONUCENA
Dedicando-se à música e à dança, o grupo tem conquistado crescente reconhecimento na região do Cariri
Crato. "Nessa terra tem palmeiras onde canta o sabiá, o coco da Batateira está aqui para animar". Cantando assim, um grupo composto por 16 agricultoras, com idades entre 59 e 73 anos, privilegia quem as vê dançar coco e cantar as toeiras e versos feitos pelas mestras da comunidade do Bairro da Batateira, em Crato. Fundado em 1979, o Grupo de Mulheres do Coco da Batateira encanta pela vitalidade e entusiasmo em mostrar um pouco da tradicional cultura popular da região do Cariri.

Dividido em uma representação de damas e cavalheiros, na qual sete brincantes trajam-se de homens e outras sete vestem roupas de mulheres, que se assemelham às usadas pelas quebradeiras de coco, elas reúnem-se semanalmente para dançar, cantar e contar suas histórias de vida, seus problemas do cotidiano. Todas as integrantes do grupo se conheceram na época em que cursavam o antigo Mobral, como era chamada a alfabetização de adultos na década de 70.

A partir das comemorações escolares pelo Dia do Folclore, elas começaram a idealizar o grupo, que permanece unido até hoje. Ao longo dos anos, as reuniões foram se tornando frequentes. Inicialmente, sem o apoio dos maridos, mas incentivadas pela Associação das Mulheres do Crato, o Grupo de Mulheres do Coco da Batateira cresceu, agregou novas integrantes e, junto com a comunidade, elas conseguiram conquistar espaço no cenário da cultura popular regional.

Hoje, o reconhecimento tomou proporções que as próprias brincantes não esperavam receber. O grupo já foi objeto de estudos de pesquisadores de São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão e Pernambuco.

Falta de apoio
Mas, apesar da importância que o grupo exerce no fortalecimento da cultura popular, ainda falta apoio e incentivo para que as atividades continuem acontecendo. Sem recursos, o grupo sofre prejuízos por não poder realizar as reuniões e apresentações com a frequência desejada.

Atualmente, o problema já compromete até a existência do grupo. Mesmo sendo filiado à Fundação Mestre Eloi Teles de Morais, que realiza trabalhos voltados para o fortalecimento do folclore no Município, o Grupo de Mulheres do Coco do Batateira sente-se desprestigiado pelos órgãos que coordenam as atividades culturais.

Apesar de o Município dispor de um Centro Cultural, os grupos de cultura popular ainda recebem pouco apoio. Para elas, as dificuldades ficaram mais fortes, principalmente, após a morte de Eloi Teles de Morais, que foi um líder cultural, poeta, radialista e folclorista, de grande atuação nas manifestações artísticas populares que aconteceram na cidade. Sua figura esteve, durante mais de 30 anos, ligada à representatividade dos grupos de cultura popular. Sem ele, as apresentações das Mulheres do Coco da Batateira em eventos públicos e privados diminuíram. Em todo o ano de 2011, o grupo realizou apenas seis apresentações. Já este ano, elas ainda não receberam nenhum convite.

Para a líder e uma das fundadoras do Grupo de Mulheres do Coco da Batateira, mestre Edite Dias de Oliveira, é preciso haver mais apoio por parte da Secretária de Cultura do Município aos grupos de cultura popular, para que eles voltem a ter o mesmo brilho de antes. "Quando a Fundação Mestre Eloi Teles estava sob o comando de Cacá Araújo e de Elioná Teles, as Mulheres do Coco estavam constantemente nas apresentações em eventos. Agora, a gente quase não é lembrada. Não temos transporte e nem renda para fazer as fantasias, as vezes nem água nós oferecem, mas mesmo sem nenhuma remuneração gostamos de nós apresentar e fazemos isso por amor", diz.

O maior sonho do Grupo de Mulheres do Coco da Batateira é conseguir o terreirão de ensaio, que por várias vezes foi prometido e jamais doado. Os ensaios das danças são feitos nos quintais das residências das integrantes do grupo. Elas planejam arrecadar verbas para a compra dos instrumentos necessários para acompanhar os versos e toeiras, pois dos quatro instrumentos, elas só dispõem de um, que é um pandeiro doado pelo mestre Eloi Teles. Elas esperam que as autoridades entendam a importância da cultura e estimulem os grupos a continuarem suas práticas, que geralmente são repassadas entre as gerações.

O Grupo de Mulheres do Coco da Batateira deu origem a grupos mirins de coco, formados pelos filhos e netos das brincantes.

Composição
16 agricultoras da região do Cariri compõem o grupo de Mulheres do Coco da Batateira, que se reúne semanalmente para cantar, dançar e contar histórias de vida.

7 mulheres do grupo se trajam como cavalheiros, enquanto outras 7 se vestem como damas, em uma das apresentações desempenhadas pelas brincantes.

Legado Cultural
"Se antes de morrer, eu conseguir deixar um terreiro todo equipado para os jovens, eu morro feliz"
Edite Dias de OliveiraMestre do grupo

"Quando não tem apresentação, os ossos endurecem, a mente esquece os versos. Temos saudade dos eventos"

Zenaide Matos SilvaMestre de toeira

YAÇANÃ NEPONUCENAREPÓRTER
FOTO: YAÇANÃ NEPONUCENA