Ela pode se manifestar com maior frequência nesse final de estação
O Brasil Sem Alergia oferece atendimentos médicos gratuitos para o diagnóstico e tratamento da Imunodeficiência Primária, doença que afeta inúmeras crianças
Coordenado pelo Imunologista e Alergista, Dr. Marcello Bossois, o Projeto Social Brasil Sem Alergia oferece gratuitamente a realização de todos os procedimentos de combate, controle e prevenção dos mais variados tipos de processos alérgicos e doenças ligadas à baixa do sistema imunológico, como a IDP. A Ação Social realiza gratuitamente o acompanhamento médico para identificar eventuais sinais clínicos de uma possível Imunodeficiência Primária, doença de difícil diagnóstico, que afeta muitas crianças.
O projeto de Bossois realiza os atendimentos em seu posto na Rua Conde de Porto Alegre nº167, casa 01,no bairro 25 de Agosto em Duque de Caxias, de segunda à sexta, das 09h às 18h. Os interessados devem agendar suas consultas, nos mesmos horários, através do telefone 2652 – 2175, aonde poderão obter mais informações sobre a realização de todos os procedimentos de identificação e tratamento desta incomoda doença.
Uma simples sinusite pode ser um sinal de IDP
Com o final do inverno se aproximando, momento de mudanças bruscas da temperatura, com a oscilação de dias quentes e muito frios, aumenta o aparecimento de doenças respiratórias e alergias devido às constantes alterações climáticas. Durante a época, as pessoas, naturalmente, apresentam mais casos de sinusites, rinites, asmas, dentre outras infecções, no entanto são os que possuem as chamadas Imunodeficiências Primárias ( IDP ) os maiores prejudicados pelo clima.
O que são as Imunodeficiências Primárias?
“As Imunodeficiências Primárias (IDP) são doenças causadas por defeitos genéticos no sistema imunológico, na maioria dos casos por uma má formação congênita de um ou mais componentes do sistema imunitário. A Imunodeficiência pode gerar distúrbios na produção de anticorpos, através do lifócito B, de anticorpos mais diversos como IgG, IgM, IgE, sendo a Imunodeficiência do anticorpo IgA a mais comum”, comenta o Imunologista e Alergista, Coordenador Técnico do Projeto Social Brasil Sem Alergia, Dr. Marcello Bossois.
Outras partes do sistema de defesa também podem sofrer alterações por conta de uma IDP, que poderá refletir na produção de células responsáveis pela defesa do nosso organismo como as dos Lifócitos T, B e Fagócitos. Tal insuficiência celular poderá ocasionar a diminuição de substâncias que são responsáveis por informar ao organismo a presença de perigo, como as interleucinas e o interferom. Outro elemento do sistema imune que sofre com a IDP é o Complemento, estrutura que age no combate da célula causadora de uma eventual infecção ou agressão.
Existem ainda as Imunodeficiências Secundárias que são diferentes das Primárias, pois ao passo que a maioria das IDP tem uma causa genética por trás do enfraquecimento dos elementos do sistema imunológico, as Secundárias, por sua vez, na maioria das situações são motivadas por doenças. Nelas os pacientes apresentam complicações derivadas de determinadas doenças como a AIDS, Câncer e distúrbios renais, problemas que atacam diretamente as células, anticorpos e complementos da imunidade.
Quem é mais afetado pela doença?
Por se tratar de uma doença, na maioria dos casos, de origem congênita, as crianças correspondem ao grupo de pessoas que mais apresenta algum dos tipos da Imunodeficiência Primária. Nos primeiros anos de vida o sistema imunitário ainda está em formação, o que já propiciaria o aparecimento de algumas infecções e que, no caso dos imunodeficientes, aumenta significativamente. Normalmente a IDP não se manifesta nos primeiros meses de vida, na medida em que o recém-nascido possui anticorpos recebidos da mãe durante a gravidez, protegendo-os no primeiro ano
“As crianças afetadas por uma Imunodeficiência Primária não costumam possuir um sistema defensivo que consiga desempenhar adequadamente suas funções, o que as tornam muito mais sensíveis ao aparecimento de todo o tipo de infecções, já que se encontram expostas ao ataque de inúmeros microorganismos ( vírus, bactérias, protozoários, fungos ). Os indivíduos afetados cedem com alguma facilidade à ação dos microorganismos patogénicos e até à dos microorganismos que, em pessoas imunocompetentes, não provocam doenças”, afirma o médico.
Como deve ser feito o diagnóstico?
Mediante alguns exames específicos de laboratório se pode avaliar com precisão a atividade do sistema imunológico, no entanto o diagnóstico da IDP, na maioria dos casos, é complicado e deve ser feito em conjunto com uma análise completa do histórico do paciente. A administração constante de antibióticos dificulta sua identificação, pois camufla seus sinais, já que suas repercussões consistem em doenças que exigem o uso frequente destes medicamentos.
Por se tratar de uma doença com diversas e diferentes manifestações é necessário muita atenção por parte dos médicos, visto que muitas das vezes a IDP se mantém sub diagnosticada, ou não identificada, já que em muitos casos trata-se suas conseqüências ( doenças geradas pela IDP ) e não sua causa específica. Por muitas vezes os pacientes convivem dezenas de anos sofrendo com diversas infecções, inflamações e problemas gerados pela baixa do sistema imune e se quer sabem da existência da doença.
Com o advento do antibiótico em 1928, que passou a ser utilizado em larga escala, muitos imunodeficientes passaram a conviver com os transtornos da doença sem saber, ao menos, que a possuíam, afetando diretamente seus desempenhos físicos e intelectuais. A IDP, que no passado levava inúmeras pessoas ao óbito por conta de não haver medicamentos para combater suas repercussões, hoje pode ser encontrada em maior quantidade, embora ainda seja pouco diagnosticada. Isso deve-se aos antibióticos que passaram a controlar as evoluções de suas conseqüências, mantendo diversos imunodeficientes com maior expectativa de vida.
“Há dez sinais que apontam para a necessidade de uma investigação mais profunda de uma possível Imunodeficiência que são:
- Oito ou mais otites no período de um ano;
- Abscessos cutâneos recorrentes profundos ou em órgãos;
- Duas ou mais sinusites no período de um ano;
- Monilíase oral persistente ou cutânea em maiores de um ano de idade;
- Antibioticoterapia por dois ou mais meses com pouca eficácia;
- Necessidade de antibiótico endovenoso para eliminar infecções;
- Duas ou mais pneumonias no período de um ano;
- Duas ou mais infecções invasivas;
- Insuficiência de crescimento pôndero-estatural normal com alimentação adequada para idade;
- História familiar de imunodeficiência”.
Qual é o seu tratamento?
O uso de Imunoterapia imunoestimulante representa uma boa solução no tratamento de alguns tipos de IDP, pois age diretamente no fortalecimento do sistema imunológico. Em outros casos usar vacinas, principalmente a de virus mortos, para imunizar os pacientes, seria de grande valia, além de uma boa alimentação, prática de atividades físicas e uma vida regrada. Em quadros mais graves, como nas Imunodeficiências Celulares, em que há riscos à saúde dos pacientes, pode ser feito o transplante de medula óssea, medida curativa da doença que exige diversos preparativos.
Apoio: www.brasilsemalergia.com.br
www.buscaremedios.com.br
Igor Bahiense
Jornalista // Assessor de Imprensa
Projeto Social Brasil Sem Alergia
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