
O Aeroporto Internacional Pinto Martins é um dos cinco, no País, que merecem atenção redobrada, já que recebe vôos diretos vindos da Europa e Estados Unidos.A expectativa é que hoje a fiscalização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no aeroporto local adote as recomendações repassadas pelo Ministério da Saúde. Até porque, no local, trabalhadores, viajantes e fortalezenses já se mostram preocupados com o risco de contaminação.Atenção redobradaNo último sábado, o Ministério da Saúde lançou nota oficial antecipando como devem ser os procedimentos nos aeroportos monitorados.
No País, o alerta deve ser redobrado, além de Fortaleza, em Manaus, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro, capitais que recebem vôos do México, Europa e Estados Unidos.De acordo com a fiscal da Anvisa Márcia Leal, que ontem estava de plantão no posto da Agência localizado no Pinto Martins, só hoje a equipe deve saber os detalhes de como proceder.
Isso porque, como informou a fiscal, a titular da Coordenação de Vigilância Sanitária de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados no Ceará (CVSPAF) da Anvisa local, Analice Carvalho Costa, até ontem se encontrava em Brasília para tratar do assunto. Somente hoje deve se reunir com os fiscais para repassar as informações dadas pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa.Como ontem não houve desembarque de vôos internacionais, Márcia Leal antecipou que não havia perigo. Hoje, sim, chegam vôos de Atlanta (Estados Unidos), pela manhã, e de Portugal (Europa), à noite. “Por enquanto os procedimentos são os normais.
A gente é informado quando tem algum passageiro com sintomas de anomalia e aciona o serviço médico da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) se for necessário”, explica.Feito isso, os outros passageiros são liberados e a equipe médica entra na aeronave pela porta traseira, conforme detalha Márcia Leal. Se for o caso, o paciente é atendido no posto médico do aeroporto. Mas, se precisar, a pessoa é encaminhada a um hospital da cidade. Inspeções em cargas e bagagens de aeroportos e portos também são recomendadas em situações como essa.
Monitoramento
Desde a última sexta-feira autoridades sanitárias brasileiras se mobilizam para agir contra a influenza suína no Brasil. No último dia 24, foi deflagrada ação de prevenção em todo o País, depois da confirmação de surto da doença no México, onde as pessoas já usam máscaras hospitalares nas ruas. Lá a doença matou, até ontem, 20 pessoas e cerca de 70% dos bares e restaurantes da capital foram fechados. Também já foram detectados casos em Nova York, Estados Unidos.Aqui, o Ministério da Saúde acionou o Gabinete Permanente de Emergência, formado por representantes da pasta, da Anvisa e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Em nota oficial, o Ministério da Saúde informa que o grupo se reunirá diariamente em Brasília para acompanhar a evolução da doença. Por enquanto, o órgão avisa que não há vacina que ofereça proteção contra o vírus da gripe suína.Diante da situação, o monitoramento dos passageiros vindos do México e dos Estados Unidos foi intensificado.
Além disso, a tripulação das aeronaves deve orientar os passageiros, ainda no vôo, sobre os sintomas da gripe suína.Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o surto de gripe suína é “muito grave” e pode virar pandemia, quando a doença é generalizada e atinge vários continentes. Nos Estados Unidos, 19 casos foram confirmados, sendo oito estudantes de uma escola em Nova York. Há suspeitas de que viajantes de Israel, França, Espanha e Nova Zelândia possam ter se contaminado. O alerta de saúde foi decretado também na Argentina, país vizinho.
CUIDADOS
Passageiros com sintomas suspeitos devem ser monitoradosPassageiros provenientes dos Estados Unidos ou do México, que apresentarem os sintomas da gripe suína, como febre, dores musculares, cansaço, tosse, diarréia e vômitos, devem ser monitorados. “Se for confirmado laboratorialmente que houve contaminação pelo vírus H1N1, a pessoa terá de ser isolada para tratamento”, afirmou o diretor do Hospital São José, Anastácio Queiroz.
Segundo ele, o vírus da gripe suína identificado nos casos do México e dos Estados Unidos é contagioso e raro, transmitindo-se diretamente do porco para o homem ou para as aves e, destas, para as pessoas, que o propagam a outras. “Infelizmente a vacina de gripe comum não protege totalmente, porém pode ajudar”, declara.
Apesar do risco de contaminação entre seres humanos, o diretor do Hospital São José admite que não é preciso isolar todos os passageiros que estiverem espirrando ou tossindo durante os vôos que partiram dos Estados Unidos com destino a Fortaleza. Ele recomenda a medida de isolamento apenas aqueles que apresentarem “forte suspeita” e, somente após confirmação laboratorial.
O médico infectologista revela ainda que até hoje não foi detectado nenhum caso de gripe suína no Ceará. No entanto, se o surto mexicano e note-americano virar uma pandemia mundial, como teme a Organização Mundial de Saúdem o médico disse que os hospitais cearenses precisam ter leitos específicos, em uma ala isolada, para esses pacientes que necessitarem de tratamento. Ele defende que sejam acompanhados todos os casos que venham a ocorrer no Brasil.Como a contaminação se dá de pessoa para pessoa, o médico infectologista não desaconselha o consumo de carne suína ou seus derivados, uma vez que, até o momento, não foi registrado nenhuma transmissão da doença por esse motivo.
ORIENTAÇÕES
Ministério da Saúde faz alerta sobre prevenção em nota oficialDiante da preocupação de a gripe suína chegar ao Brasil através dos vôos internacionais, o Ministério da Saúde lançou, no último sábado, uma nota oficial para alertar como devem ser os procedimentos para evitar que a doença faça vítimas no País. São 12 pontos que devem ser seguidos a risca.As orientações são baseadas nos casos de influenza suína em humanos no México e nos Estados Unidos.
De acordo com a nota, o Gabinete Permanente de Emergência foi acionado e é formado por representantes do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).A recomendação é que o grupo se reuna diariamente, em Brasília, a fim de acompanhar “a evolução epidemiológica da situação e indicar as medidas adequadas ao País”. Alerta que não indicação do uso da vacina contra influenza.
SAIBA MAIS
O que é gripe suína?A gripe suína é uma doença infecciosa aguda respiratória, causada pelo vírus H1N1. Sua combinação tem características das gripes suína, aviária e humana. Este tipo de vírus com formato de mutação nunca foi visto até nos casos no México. A incidência da gripe suína é maior no outono, inverno e início da primaveraQuais os sintomas?Os sintomas da gripe suína são muito parecidos com a gripe comum com febre, dores musculares, cansaço, tosse, diarréia e vômitosComo prevenir?Ainda não há vacinas para humanos. Contudo, a vacina de gripe comum pode ajudar na prevenção de um outro vírus suíno o H3N2, porém não tem imunização contra o H1N1.
Fontes: DepartamentoMedico.com
Diário do Nordeste
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