quarta-feira, 29 de abril de 2009

De Água Boa, em Mato Grosso, brota o Literatura Viva

Por João Augusto,
da Brasil Que Lê – Agência de Notícias

Com cerca de 15 mil habitantes, dois terços deles moradores na área urbana, a cidade de Água Boa, em Mato Grosso, se destaca pela preocupação com a cultura e com a cidadania, ao proporcionar a 4 mil pessoas o acesso aos livros e o incentivo à leitura.

Para elaborar essa política pública, depois de alguns levantamentos a administração municipal chegou à conclusão de que faltavam espaços, locais para reunir acervo e acolher crianças e adolescentes para um tempo específico dedicado ao prazeroso hábito de ler.

Com objetivo traçado, nasce em 2005 o projeto Literatura Viva, com a missão de fomentar e possibilitar o encontro entre leitores e livros em todas as escolas municipais. Para isso, uma das ações foi a aquisição de livros, por meio da Secretaria Municipal de Educação, que comprou e recebeu em doação um volume de mais de 9 mil exemplares de obras literárias.

Atualmente, o Literatura Viva faz parte do Programa Nacional do Livro e Leitura (PNLL) e atende alunos de todas as idades, incluindo estudantes do Ensino de Jovens e Adultos (EJA) e a comunidade em geral. O apoio ao projeto não demorou a aparecer, com a participação da Fundação Educar, do MEC e do Sesi.

De acordo com a secretária de Educação, Lucia Schuster, o público-alvo são todos os envolvidos no ambiente escolar, desde funcionários até familiares dos alunos. Uma vez por semana, por 50 minutos, ou 15 minutos todos os dias, durante as aulas, entra em cena o Literatura Viva, despertando e renovando o prazer de ler em cada pessoa, que, por sua vez, ganha conhecimento, cultura, lazer, autoestima, noções de cidadania e, consequentemente, passa a atuar de maneira ativa na sociedade.

Os livros oferecidos vão desde gibis até charges e tiras em que o aluno possa desenvolver sua capacidade leitora. A proposta pedagógica inclui a formação continuada de professores que desenvolvem os trabalhos com os estudantes. Para que tudo funcionasse da melhor forma, foram criadas bibliotecas ambulantes, além das escolares.

Alunos de comunidades rurais e seus familiares também são atendidos pelo Literatura Viva e passaram a ter acesso aos livros e ao gosto de ler, com auxílio de mediadores de leitura, formados e orientados pela coordenação do projeto.

Os resultados já são visíveis, como a melhora no nível de aprendizagem dos alunos, que agora participam mais das ações desenvolvidas no ambiente escolar, cientes de que o espaço da escola é voltado justamente para o desenvolvimento da educação e da cultura, com a finalidade de formar cidadãos que contribuam com a construção de um país melhor.

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