Patativa no centro do debate
A discussão política deu lugar, no plenário da Assembléia, a uma homenagem ao aniversário do poeta. O plenário da Assembléia Legislativa foi palco, ontem, de uma homenagem que parlamentares estaduais prestaram ao centenário do poeta cearense Patativa do Assaré, cujo aniversário de nascimento é cinco de março
Quem abriu o debate foi o deputado Lula Morais (PCdoB), ressaltando a história de vida e a importância do poeta não só para os cearenses, mas para todo o País.
Para Lula Morais, Patativa era uma voz da população sertaneja. De acordo com o parlamentar, a vida do agricultor, a miséria e a opressão pelas quais passavam, mas também as lutas e a esperança, foram a mola mestre da obra de Patativa. “Ele foi a própria manifestação oral da cultura desse povo; foi, em muitos sentidos, a voz da consciência coletiva dos sertanejos oprimidos, inconformados e rebelados contra a miséria secular e a opressão do latifúndio”, ressaltou.
Apesar de Patativa ter sido um homem de pouco estudo, que sobreviveu da agricultura, recebeu o título Doutor Honoris Causa, concedido pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Estadual do Ceará (Uece) e pela Universidade Regional do Cariri (Urca). Lula Morais lembrou que além do título, a obra de Patativa foi estudada até pelos teóricos da Universidade de Sorbonne, na França.
“Mas esse agricultor, que teve seus dias de repentista de feira, de cantador de viola, vagando pelos sertões do Ceará para fazer suas cantorias de pé de parede, virou doutor”.
Vários deputados apartearam o pronunciamento do comunista para reverenciar um dos mais ilustres cearenses. Todos veneraram o brilhantismo da obra de Patativa, ressaltando ser ele um orgulho para qualquer brasileiro.
Welington Landim (PSB) afirmou que nas poesias de Patativa não somente o Nordeste, mas todo o País está inserido. “Ele cantou o Nordeste e o Brasil nos momentos de seca, na ditadura e na esperança por tempos melhores”, salientou.
Para os tucanos Fernando Hugo e Vasques Landim, o poeta cearense soube como ninguém relatar em versos, a realidade vivida no sertão nordestino. “Poesia de fazer inveja a todo e qualquer poeta mais retórico”, opina Fernando Hugo. “No conteúdo da sua poesia trazia o apelo popular, a voz daqueles que mais sofriam, dos desempregados do campo e da cidade”, completou Landim.
Reconhecimento - Não foi à toa que depois de tentar por várias vezes falar com o prefeito de Assaré, Patativa reclamou o desprezo na poesia titulada `Prefeitura sem prefeito’ . Foi preso, mas nem por isso deixou de reclamar os direitos. Episódio lembrado pelo deputado Ely Aguiar (PSDC).
Fonte: DN
Quem abriu o debate foi o deputado Lula Morais (PCdoB), ressaltando a história de vida e a importância do poeta não só para os cearenses, mas para todo o País.
Para Lula Morais, Patativa era uma voz da população sertaneja. De acordo com o parlamentar, a vida do agricultor, a miséria e a opressão pelas quais passavam, mas também as lutas e a esperança, foram a mola mestre da obra de Patativa. “Ele foi a própria manifestação oral da cultura desse povo; foi, em muitos sentidos, a voz da consciência coletiva dos sertanejos oprimidos, inconformados e rebelados contra a miséria secular e a opressão do latifúndio”, ressaltou.
Apesar de Patativa ter sido um homem de pouco estudo, que sobreviveu da agricultura, recebeu o título Doutor Honoris Causa, concedido pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Estadual do Ceará (Uece) e pela Universidade Regional do Cariri (Urca). Lula Morais lembrou que além do título, a obra de Patativa foi estudada até pelos teóricos da Universidade de Sorbonne, na França.
“Mas esse agricultor, que teve seus dias de repentista de feira, de cantador de viola, vagando pelos sertões do Ceará para fazer suas cantorias de pé de parede, virou doutor”.
Vários deputados apartearam o pronunciamento do comunista para reverenciar um dos mais ilustres cearenses. Todos veneraram o brilhantismo da obra de Patativa, ressaltando ser ele um orgulho para qualquer brasileiro.
Welington Landim (PSB) afirmou que nas poesias de Patativa não somente o Nordeste, mas todo o País está inserido. “Ele cantou o Nordeste e o Brasil nos momentos de seca, na ditadura e na esperança por tempos melhores”, salientou.
Para os tucanos Fernando Hugo e Vasques Landim, o poeta cearense soube como ninguém relatar em versos, a realidade vivida no sertão nordestino. “Poesia de fazer inveja a todo e qualquer poeta mais retórico”, opina Fernando Hugo. “No conteúdo da sua poesia trazia o apelo popular, a voz daqueles que mais sofriam, dos desempregados do campo e da cidade”, completou Landim.
Reconhecimento - Não foi à toa que depois de tentar por várias vezes falar com o prefeito de Assaré, Patativa reclamou o desprezo na poesia titulada `Prefeitura sem prefeito’ . Foi preso, mas nem por isso deixou de reclamar os direitos. Episódio lembrado pelo deputado Ely Aguiar (PSDC).
Fonte: DN
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