Casagrande afirma que Congresso pode ter grande influência na adoção de matriz que barateie custos para o consumidor e amplie a utilização das fontes alternativas
O Congresso pode ter uma influência importante na diversificação da matriz energética brasileira, no sentido de baratear os custos para o consumidor e conferir mais segurança ao sistema, com maior uso das fontes alternativas e renováveis de energia, como a eólica e a solar, afirmou ontem o presidente da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), senador Renato Casagrande (PSB-ES).
A declaração foi feita durante audiência pública requerida por Casagrande sobre a proposta de diretrizes para leilão de contratação de energia de reserva, proveniente de fonte eólica, que constam de portaria do Ministério de Minas e Energia.
- Como meta factível, podemos pensar em ter 10% da matriz energética com essas duas fontes, no prazo de dez anos. Elas são mais caras do que a energia hidrelétrica, mas bem mais baratas do que as termelétricas, seja a gás ou a óleo, e o governo tem feito vários leilões para térmicas.
Por sua vez, o diretor-geral da Aneel, Edvaldo Alves de Santana, explicou que o leilão de energia eólica deverá ser feito para contratação de energia de reserva, a ser colocada no sistema pelo operador sempre que necessário.
O professor de Engenharia Elétrica da Universidade de Brasília Ivan Marques de Toledo Camargo observou que há um crescimento exponencial da energia eólica no mundo, com mais de 150 mil megawatts já instalados na Dinamarca, na Alemanha e nos Estados Unidos.
Demanda
O conselheiro da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) Sérgio Marques disse que um aumento anual do produto interno bruto (PIB) brasileiro entre 2% e 3% anuais resultará numa demanda energética de 2 mil a 2.700 megawatts por ano.
Já o presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), Paulo Mayon, defendeu maior participação da eólica na matriz energética, porque deslocará as termelétricas que são mais caras, com a enorme vantagem de ser uma energia renovável e limpa.
Ana Lúcia Dolabella, representante do Ministério do Meio Ambiente, considerou muito importante ampliar o leque de energias alternativas e renováveis no país, derrubando as barreiras para o uso de energia eólica ou solar, que são energias limpas. Ela afirmou que os leilões precisam ser anuais para dar segurança e regularidade ao sistema.
Fonte: Agência Senado
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